domingo, 1 de março de 2015

O que o "Dilema das cores do vestido" nos ensina sobre os paradigmas contemporâneos?


Em pleno século XXI, é possível vivenciar toda sorte de preconceitos e crenças que levam as pessoas a matar e a morrer. Quem está correto: o jornal francês que, defendendo a liberdade de expressão, satiriza crenças sagradas ou o grupo de muçulmanos que, em defesa de sua crença, mata quem a ofende? Qual religião leva a Deus? A católica? A protestante? Nenhuma delas? E quanto a Deus: Ele é um espírito, uma energia ou sequer existe? A homossexualidade é um comportamento normal ou uma doença cromossômica ou psíquica? Sexo: só o "preto no branco" ou em "cinquenta tons de cinza"? E sobre política: Dilma ou Aécio? Lula ou FHC? Requião ou Beto Richa? Bolsonaro ou Jean Wyllys? Esquerda, Centro ou Direita? Socialismo, Comunismo ou Capitalismo? Anarquismo, talvez? Monarquia? A solução para o Brasil é a volta dos militares ou "impichar" a Dilma e deixar o país nas mãos peemedebistas de Michel Temer?

E o que tudo isso tem a ver com as cores do vestidos? Tudo! Mas, antes de falar do vestido, é importante invocar dois pensadores históricos.

Platão, no século I a.C., em sua Alegoria da Caverna, ilustrava a sua Teoria das Ideias, em que ele demonstrava o pensamento de que o que vemos do mundo é apenas uma ideia daquilo que se vê. Para ele, há uma conexão metafísica entre o que chamou de "olhos da alma" e o objeto que os "olhos do corpo" estão vendo. 

Mais recentemente, no século XVI d.C., Shakespeare, em O Rei Lear, provocava: "Eu vou ensinar a você diferenças... E você vai ficar surpreso".

Não é necessário esforço para associar o "Dilema das cores do vestido", tão falado nos últimos dias, às reflexões acima. Mas, poucas pessoas, lamentavelmente, conseguem abrir sua mente para o importante ensinamento que isso deve trazer a todos.

A imagem acima mostra um vestido cujas cores são vistas de forma diferentes por dois grupos de pessoas. O primeiro enxerga preto e azul e o segundo, branco e dourado. Segundo especialistas, essa diferença ocorre porque o nível de iluminação que entra na retina varia de pessoa para pessoa.

A discussão sobre quem está vendo as cores corretas no vestido deve levar à compreensão de que todos, e ao mesmo tempo ninguém, estão vendo as cores corretas. Da mesma forma, todos, e ao mesmo tempo ninguém, estão com a razão sobre os questionamentos que abrem este texto.

O "Dilema das cores do vestido" ensina que há mais formas diferentes de ver o mundo do que nossos pobres olhos pensam ver e nossa vã filosofia possa imaginar!

Bem, esta é apenas a minha forma de ver as coisas. Qual é a sua?

sábado, 18 de junho de 2011

Mude suas palavras, mude seu mundo!

No post anterior, compartilhei um texto que fala sobre porque as pessoas gritam umas com as outras. O vídeo que compartilho agora está muito relacionado com aquele texto.

Quando usamos as palavras certas, obtemos melhores resultados.

Pense nisso!


Por que as pessoas gritam?

O Grito (Van Gogh)


Outro dia recebi um e-mail que fala sobre por que gritamos com as pessoas. Achei interessante e compartilho aqui.



Por que as pessoas gritam?


"Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta a seus discípulos:
Por que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?
Gritamos porque perdemos a calma, disse um deles.
Mas, por que gritar quando a outra pessoa está ao seu lado? questionou novamente o pensador.
Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouvisse, retrucou outro discípulo.
E o mestre volta a perguntar:
Então não é possível falar-lhe em voz baixa?
Várias outras respostas surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador.
Então ele esclareceu:
Vocês sabem por que se grita com uma pessoa quando se está aborrecido? O fato é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, seus corações se afastam muito. Para cobrir esta distância precisam gritar para poderem escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que gritar para ouvir um ao outro, através da grande distância. Por outro lado, o que sucede quando duas pessoas estão enamoradas? Elas não gritam. Falam suavemente. E por quê? Porque seus corações estão muito perto. A distância entre elas é pequena. Às vezes estão tão próximos seus corações, que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não necessitam sequer sussurrar, apenas se olham, e basta. Seus corações se entendem. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão próximas.


Por fim, o pensador conclui, dizendo: Quando vocês discutirem, não deixe que seus corações se afastem, não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta."


Mahatma Gandhi


Que todos seus gritos sejam sempre apenas de alegria!